Canapés


Inventar canapés é uma das coisas que mais gosto de fazer. Me sinto livre para tentar coisas novas e adoro trabalhar com formas diminutas! Sirvo cerca de 5 canapés num jantar e costumo colocar 3 tipos que já são sucesso no meu repertório e inventar os outros. Dessa forma vou apresentando novidades e incorporando as que mais agradam aos meus menus. Antigamente os canapés eram todos muito parecidos, muitas vezes feitos com patês em cima de torradas, isso já era! Hoje nós cozinheiros precisamos ser criativos e mostrar a que viemos desde os canapés até a sobremesa. Na verdade vejo as minhas pequenas criações mais como amuses-bouche do que como canapés.
Amuses-bouche são servidos em restaurantes para todos os clientes, antes das refeições e não são cobrados. A palavra francesa quer dizer algo como divertir a boca e a idéia é que a pequena iguaria excite as papilas gustativas e encante os olhos, preparando os comensais para a refeição maravilhosa que virá a seguir. O famoso chef Jean-Georges Vongerichten, de Nova York, já afirmou que o amuse-bouche é a melhor maneira de um chef expressar suas grandes idéias em pequenas mordidas.
Mas se você não for chef e apenas tiver algumas idéias também pode se expressar e inventar bons canapés. Pense em sabores que você gosta, em pratos que já comeu, minimalize tudo, pense em formas diferentes e voilá! Qualquer coisa que você goste pode virar um bonito canapé, acredite!
Esse que inventei da foto tem lugar cativo nos menus orientais que sirvo e é feito com atum cru, cortado em tiras, com molho oriental (shoyo, gengibre, cebola, óleo de gergelim, vinagre de arroz, pimenta do reino, tudo batido no processador), com uma tirinha de cebolinha e gergelim preto para enfeitar.

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