Kartofeel

Se o homem é produto do meio, eu sou um pouquinho alemã, graças à Erica! Ela veio do Paraná e trabalhou em casa durante a minha infância. Começou cuidando de mim como babá mas acabou tomando conta da casa toda, e depois principalmente da cozinha. Se por um lado absorvi um pouco do seu jeito autoritário, por outro aprendi a ser uma pessoa independente e correta. Mas vamos ao que mais interessa: comida! Como boa descendente de alemães ela adorava preparar kartoffeel, palavra em alemão que aprendi cedo, claro, assim como sauerkraut e apfelstrudel, mas esses são assuntos para outro post.
A batata é originária dos Andes peruanos e bolivianos onde é cultivada há mais de 7.000 anos. Ela foi levada pelos espanhóis para a Europa no século XVI como planta ornamental e chegou à mesa do europeu por volta do século XVII com a ajuda do agrônomo francês Antonie Augustin Parmentier. Depois de descobertas as qualidades nutricionais da batata alguns governantes impuseram medidas para a difusão do tubérculo na Europa. Deu certo, atualmente a batata é o 4º alimento mais consumido no mundo, após arroz, trigo e milho e um dos ingredientes mais importantes da culinária de diversos países europeus, incluindo a Alemanha.
Em casa sempre falamos que a Erica era especialista em batatas. Ela preparava o ingrediente como ninguém e sabia explorar toda sua versatilidade. Um dia era frita, bem sequinha e crocante, noutro recheada e assada no papel alumínio, às vezes podia ser simplesmente cozida, sauteada com azeite e alho ou em forma de purê e de vez em quando virava nhoque. Mas era sempre uma delícia! Uma das receitas que mais me deixava maravilhada era seu simples mas delicioso frango assado com batatas. A diferença era que ela sabia o momento exato de colocar os pedaços de batata na assadeira para que o frango ficasse perfeitamente assado e as batatas douradas por fora, macias por dentro e com um sabor inacreditável. Outra especialidade eram seus bolinhos fritos levíssimos, feitos com purê de batatas e ervas, inesquecíveis! Sucesso absoluto quando tínhamos convidados para jantar!
Não foi à toa que virei uma brasileira que gosta mais de batata do que de arroz! Ainda bem que faz muito bem à saúde, veja mais no site da Associação da Batata Brasileira:

Carpaccio

When the weather is very hot and the tired chef feels like eating meat she goes for a carpaccio recipe with arugula salad. This recipe is very fresh, light and delicious! But it also feels like you having a complete meal if you eat it with a slice of good italian bread.

Carpaccio is a dish of raw meat thinly sliced served with a sauce. It was invented at Harry’s Bar in Venice owned by Giuseppe Ciprianni to be served to the countess Amalia Nani Mocenigo who had a recommendation from her doctor to eat only raw meat in order to cure a severe anemia. The dish was named carpaccio in reference to the Venetian painter Vittore Carpaccio.

Tired's Chef Carpaccio Sauce:

2 tbsp lemon Juice
1 tsp Dijon mustard
6 tbsp olive oil
1 tbsp capers, chopped
1 tbsp parsley, minced
1 tbsp grated parmesan
Salt and pepper to taste

Arrange meat slices on the plate, reserve. Mix all the ingredientes for the sauce and spread over the meat. Serve with arugula salad and extra shaved parmesan.

Lulas

Nada de política aqui. A lula é um molusco muito versátil e saboroso, basta saber prepará-lo. O segredo é cozinhar a lula por pouco tempo para que sua carne não fique borrachuda. Lula borrachuda ninguém merece! Apesar de "borracho" querer dizer bêbado em espanhol, juro que só estou falando de comida! Adoro rechear minhas lulas com queijo feta temperado com raspas de limão siciliano e comer com salada de rúcula. Só que raramente tenho feta na geladeira, por isso acabo apenas salteando os moluscos com os temperos disponíveis, como fiz hoje. Preparo em 15 minutos! É, a chef exausta ataca novamente! A foto abaixo foi tirada com celular das lulas na panela mesmo, alguns segundos antes de serem devoradas e sumirem do mapa! E logo mais vai ter receita de peixe serra!

Lulas Salteadas (from The Tired Chef):

Ingredientes:
1 colher de sopa de azeite
1 pedaço de gengibre de 2 cm ralado
1 talo de cebolinha,só a parte branca picadinha
1 dente de alho pequeno picado
100g de lulas já limpas e cortadas em rodelas
Algumas gotas de chilli oil ou outro molho de pimenta
2 colheres de sopa de molho de ostra
Sal a gosto
Algumas gotas de suco de limão
Folhas de coentro para decorar

Como fazer:
Refogue o gengibre, a cebolinha, o alho, acrescente as lulas. Assim que elas mudarem de cor (ficarem branquinhas) acrescente o chilli oil e o molho de ostra, misture bem, desligue o fogo, acrescente o suco de limão, acerte o sal e decore com o coentro.

Creme de Tomate

Tired Chef's Creme deTomate:

300g de tomate
10g de manteiga
1/2 cebola pequena, cortada grosseiramente
1 dente de alho amassado
1 folha de louro
2 talos de manjericão
50 ml de creme de leite fresco
Folhas de manjericão para decorar
Sal e Pimenta do reino a gosto

Tirar a pele e as sementes dos tomates, cortar em pedaços grandes e processar para fazer um coulis. Numa panela refogar a cebola na manteiga, acrescentar o alho, o louro e os talos de manjericão. Juntar o coulis e deixar cozinhar por 15 minutos. Passar por um chinois (peneira também serve), voltar à panela, juntar o creme e colocar para ferver, mexendo bem. Deixar ferver, temperar e retirar do fogo. Decorar com as folhas de manjericão, um pouco de pimenta do reino e creme de leite batido em forma de coração.

The Tired Chef


Being a chef I got used to the question: What do you cook for yourself, what do you eat at home? To be honest a lot of the times I’m exhausted, my body is sore and I’m tired of being in the kitchen dealing with food. So after a day of work I do whatever is fastest, simplest and cleanest as possible with the ingredients I have. What does it mean? First it has to be fast because if I got to the point that I’m considering cooking just for myself is because I probably haven't eaten all day and am starving. It has to be simple because being tired and hungry I don’t feel like thinking too much. It has to be easy and fast to clean up because I don’t want to spend much time washing utensils and hate to leave the kitchen dirty for the next day. So mixing all the stuff in the pan becomes a favorite. But, of course, everything starts with what’s available in my kitchen. Often that means eggs, some vegetables, some fruits, basic staples, flavoring ingredients like Worcestershire sauce and oyster sauce, spices and some herbs. Besides that I buy other sources of protein on a daily bases and sometimes special ingredients. In the end it’s not restaurant stuff but it’s pretty good. I was thinking that probably a lot of people feel like me, they just come home tired, wanting to do practical but decent meals. Right? So I decided to assume my tiredness and share my lazy meals in the section that I’m calling The Tired Chef. Hope you enjoy!

The Tired Chef´s Red Wine Steak:

Bought: a piece of filet mignon and 100g of mushrooms (shiitake).

Had: 1 garlic clove, 5 sprigs of thyme, ½ cup (opened in the refrigerator) red wine, 2 tbsp canola oil, 1 tbsp butter.

Did: Heated a saute pan and added a stream of canola oil. Seasoned the meat with salt and pepper and added to the pan. When browned I turned the meat and added the mushrooms (whole, just took the steams off), garlic (crushed) and thyme. When the meat was brown and almost done I added the wine, let the alcohol evaporate, turned the heat off and added the butter. Delicious!

Ate: With a salad because I was on a low carbohydrate diet!

Focaccia com Pesto de Nozes

A minha receita de pesto de nozes com queijo de cabra para cobrir a focaccia é deliciosa! Qualquer um pode fazer, basta comprar a focaccia, misturar os ingredientes do pesto e passar no pão. Depois espalhar as bolinhas de queijo de cabra por cima, colocar no forno pra dar uma gratinada e servir com uma salada.
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Ingredientes para 2 focaccias redondinhas:
1 xícara de nozes picadas
3 colheres de sopa de parmesão ralado
1 pitada de alho
1 maço pequeno de manjericão picado
Azeite (quantidade necessária para dar liga)
Sal e pimenta a gosto
10 bolinhas de queijo de cabra (aquele que vem no azeite)

Pão

Preciso confessar que fazer pão é o meu ponto fraco, culinariamente falando. Fui uma boa aluna e me dei particularmente bem no módulo de confeitaria até chegar a hora de fazer pães. Nas primeiras tentativas meus pães não cresceram como deveriam e por isso a profesora resolveu que ficaria ao meu lado o tempo todo durante o segundo dia pra ver o que eu estava fazendo errado. Cuidamos de tudo, medidas, temperatura da água, manipulação corretas, enfim tudo e mesmo assim o pão não cresceu direito de novo. A professora não entendia e abanava a cabeça. Eu, super decepcionada, concluí que o fermento não gostava de mim e pronto. Traumatizada, nunca mais tentei fazer nada que levasse fermento, acredita? Até ontem, porque agora decidi que vou fazer uma focaccia do zero.

Minha focaccia até que ficou boa, mas não ótima como eu gostaria, apesar da receita maravilhosa que aprendi com um chef uruguaio. Descobri porque meu fermento não cresce tanto quanto deveria e o pão fica um pouco mais pesado: não amasso com força suficiente.
Tenho orgulho de ser mulher, acho que as mulheres podem fazer tudo e fazem muitas coisas melhor que os homens, então não vou falar que tem que ser homem pra fazer um bom pão... mas que tem que ter aquela mão mais pesada e uma certa força para amassar o pão que nem macho, tem! Taí uma coisa que eu não tenho... mas como também não gosto de fazer coisas razoáveis vou ver se melhoro isso malhando mais!

Ingrediente para a focaccia:
50g de fermento fresco
1 kg de farinha
50 ml de água morna
1 colher de sopa de açúcar
20g de sal
20 ml de azeite (aproximadamente)

Modo de preparo:
Em um bowl despedaçar o fermento, acrescentar 2 colheres de sopa de farinha e o açúcar, cobrir com água morna e deixar descansar por uns 10 minutos, até que se forme uma esponja.
Em outro bowl grande colocar o resto da farinha e o sal. Formar um buraco no centro e incorporar a mistura do fermento e a água. Amassar BEM durante 10 minutos. Fazer um bolo grande, cobrir com um pano úmido e deixar repousar até que dobre de tamanho (cerca de 1 hora).
Amassar e dar forma a focaccia, fazendo os furinhos com as pontas dos dedos. Colocar numa assadeira untada com azeite. Espalhar azeite na parte de cima e deixar descansar por mais alguns minutos. Cozinhar em forno médio já pré-aquecido por cerca de meia hora.

Desconstrução

Essa tal desconstrução tem aparecido aos montes sempre que há ausência de capacidade ou vontade de se construir algo novo. O pior é que  aparece disfarçada de criatividade e  com pretensão vanguardista. Aquele chef que inventou isso foi muito esperto e realmente inovador, mas depois outros começaram a imitar, o tempo passou e a desconstrução virou piada. Tanto que o próprio Adriá resolveu se desconstruir, anunciando que vai fechar seu restaurante por algum tempo para repensar sua arte.
Hoje em dia quando um chef não quer quebrar a cabeça para invertar coisas novas tira logo essa carta da manga e ainda se pega de gênio criativo. Já fizeram desconstrução de tudo que se possa imaginar, de alfajor a moqueca de camarão. Agora, pensa bem, qual é o sentido de receber um prato com 4 ou 5 elementos separados mas que devem ser comidos juntos para que você entenda o que está comendo? Por outro lado, como eu também não gosto de levar tudo tão a sério, até acho bom que tenha esse tipo de coisa por aí pra nos divertir!
No meio culinário muitos fazem graça com a desconstrução alheia, descobri  porém, que fora dele ninguém entende a piada. No último jantar resolvi mudar a apresentação do meu cheesecake e todos gostaram. Só que enquanto a sobremesa era servida brinquei que aquilo era um cheesecake desconstruído e me arrependi. Depois de perceber que  muitos não entendiam o que eu estava falando só me restou rezar para que os que entenderam não tenham me levado a sério!  Imagina a pretensão! Só mudei o formato porque achei que ficaria prática para servir e comer, bonita e acima de tudo ainda mais saborosa com a inclusão das frutas vermelhas. Realmente tudo muito sério. Piada mesmo seria servir um creme feito com creamcheese de um lado, uma gemada de outro e na outra extremidade do prato um sorbet de limão com calda de framboesa. Ih, já dei idéia para os chefs suuuper inovadores de plantão!

Palmito

Não sei se o problema é o que as faculdades estão ensinando por aí ou se são os alunos que andam muito dispersos e entendem tudo errado. Outro dia uma estagiária ficou revoltada ao ter que preparar uma salada com palmito pupunha fresco. Disse que aquilo mataria os clientes do restaurante! Se fosse assim eu deveria estar bem morta, afinal como palmito cru desde pequena. O único mal estar que isso me provocou foi descobrir, anos mais tarde, que aquele palmito que eu comia quando criança se chama Juçara e que sua extração destrói a natureza.
Explorado intensamente a partir da década de 70, o palmito Juçara encontra-se hoje sob o risco de extinção. A exploração predatória tem avançado no país e quase todo o palmito Juçara comercializado e exportado pelo Brasil atualmente é ilegal.
O corte ilegal é feito geralmente dentro das Unidades de Conservação (Parques Estaduais, Nacionais, Estações Ecológicas). Os palmiteiros são contratados em regiões pobres, como as cidades do Vale do Ribeira, sul de São Paulo, região de Guaraqueçaba e litoral paranaense. À noite eles entram na mata, cortam e carregam feixes de até 50 palmitos. Cada feixe representa uma árvore morta que precisou de mais de 10 anos para crescer. Um palmiteiro pode cortar até 200 palmeiras por dia! Para piorar essas pessoas ainda abrem trilhas devastando a vegetação, abatem animais silvestres e cortam árvores de palmito muito pequenas, impedindo assim a regeneração natural das florestas. Sabemos que as consequências são graves pois sem a Juçara muitos animais podem desaparecer, pois várias espécies de aves e mamíferos dependem dos frutos do palmito para sobreviver. Em alguns locais onde o palmito foi dizimado já se notar a ausência da fauna.
Atualmente existe uma guerra entre os palmiteiros e os guardas-parques em todo o Brasil. Os palmiteiros estão fortemente armados e mobilizados para extrair todo palmito possível da Mata Atlântica. Alguns guardas já foram mortos. O corte do palmito está se tornando tão organizado quanto o tráfico de drogas. Sabemos hoje que os palmiteiros possuem rádios, armas e transporte mais eficientes que os guardas.
Como se a ilegalidade e a destruição da natureza não bastasse, saiba que consumir esses palmitos também pode colocar sua saúde em risco: você pode contrair botulismo e até morrer. Para fazer o palmito em conserva os palmitos são cortados dentro da mata e cozidos na hora sob péssimas condições de higiene. Depois os palmitos são envazados e transportados para fábricas clandestinas onde recebem vidros e rótulos falsificados. Algumas marcas possuem nomes "ecológicos" para iludir o consumidor.
Praticamente todo palmito, com exceção da pupunha, que chega à sua mesa vêm da extração predatória da natureza. Então sugiro que comamos apenas palmito pupunha, que é uma delícia e não faz mal nenhum à saúde, à consciência ou à natureza, tanto cozido como cru. Essas sim, são informações que nossos universitários deveriam saber.

Mushrooms

Mushroom is a type of fungus (a plant with neighter chlorophyll nor flowers) generally found growing in cool damp places in woodland and meadows, where the soil is rich in humus. A mushroom usually consists of a stalk and an umbrella-shaped cap. There are known over ten thousand mushroom varieties today and around two thousand are edible but only 20 are commercially cultivated.
Edible mushrooms are found all over the world and have been a very honored food in many cultures. Ancient Egyptians considered mushrooms to be food for the royals.
It's believed that the first intencional mushroom cultivation occured in China around the VI century. Today China is the world's largest edible mushroom producer. The country produces about half of all cultivated mushrooms, and around 2.7 kilograms of mushrooms is consumed per year by over a billion people. In Europe mushroom cultivation can be traced back to around the 1600s but it wasn’t until the 18th century in France that modern mushroom cultivation techniques began to form.

Mushroom Benefits:
Mushrooms contain about 80 to 90 percent water, and are very low in calories (only 100 cal/oz). They have very little sodium and fat, and 8 to 10 percent of the dry weight is fiber. Mushrooms are an excellent source of potassium, a mineral that helps lower elevated blood pressure and reduces the risk of stroke. They are a rich source of riboflavin, niacin, and selenium. Selenium is an antioxidant that works with vitamin E to protect cells from the damaging effects of free radicals. The latest findings show that white button mushrooms can reduce the risk of breast cancer and prostate cancer. An extract of white button mushrooms decreased cell proliferation and decreased tumor size in a dose-dependent manner. Shiitake mushrooms have been used for centuries by the Chinese and Japanese to treat colds and flu. Lentinan, a beta-glucan isolated from the fruiting body of shiitake mushrooms, appears to stimulate the immune system, help fight infection, and demonstrates anti-tumor activity.

Types of Edible Mushrooms:

Agaricus (White or Button)
These mushrooms are the most common variety prepackaged in supermarkets; available fresh, canned, or frozen. White mushrooms are mildly flavored, are tasty when eaten raw but even more flavorful when cooked.

Chanterelles, or Girolle
These trumpet shaped fungi are highly regarded mushrooms favored for their gold to yellow color, and rich flavor, ranging from apricot to earthier tasting. Chanterelles are best eaten fresh, although they are also available dried or canned.

Crimini, or Italian Brown
These mushrooms are similar to the button variety, yet they are darker in color, have a richer flavor, and have a more dense texture. Criminis were once an imported mushroom but are now grown domestically.

Enoki, or Enokitake
This fungi takes on a sproutlike appearance with small caps and thin, long, stems. Native to Japan, white in color, with a light fruity taste, these mushrooms are excellent when served raw in soups and salads.

Morel
These mushrooms are highly priced and highly prized for their intense earthly flavor. They are usually found in the wild, although can now be grown commercially. This conical shaped, honey combed surface fungi is small, with dark brown hues, is suitable for stuffing and is ideal for sauces and stews.

Oyster, or Pleurotus
These mushrooms grow in clusters, and range in color from off-white to shades of brown. Subtly tasting like an oyster, its chewy texture is more suited to cooked dishes.

Porcini
Porcini mushrooms are well valued for their meaty texture, interesting flavor, and distinguishing shape. These mushrooms vary in size and is domestically grown or imported from Europe depending on the season. This variety is usually expensive, but is considered one of the finest-tasting mushrooms.

Portobello
These are large cremini-like mushrooms that are sometimes the size of a regular hamburger! These fungi are circular, flat, and long, with a dense, chewy texture. Portobellos are excellent for grilling or roasting.

Shiitake
Shiitake mushrooms were originally cultivated on natural oak logs and only grown in Japan, but are now available domestically. These mushrooms are large, black-brown, and have an earthy rich flavor. This fungi is enjoyed in stir-fries, soups, or even a meat substitute. Dried Shiitakes have more intense flavors.

Truffles
Truffles, tuber aestivum, are fungi that grow underground in wooded areas. They have never been successfully cultivated and are even a challenge to forage in the wild. Dogs or pigs are specially trained to recognize the scent of the truffle and are taken on gathering events to sniff them out. The shape of a truffle is an irregular spheroid with a lumpy surface, often described as warty, the texture fleshy. Black truffles from France, known as Perigord, are best known for flavoring pate de foie gras. White truffles gathered in Alba, Italy, are highly valued as well. Both are priced well out of affordability for the average person's budget.

Cooking with mushrooms:

Mushrooms are available all year long and although there are many different varieties, selecting any kind of mushrooms are easy. You should look for firm, moisture-free (not dry), unblemished caps, and free of mold. Airtight plastic bags tend to retain moisture and will accelerate spoilage. Properly stored mushrooms will last for approximate five days.

Clean mushrooms only when you are ready to use them. Remove any bits of the debris on the surface, rinse with cold running water or gently wipe the mushrooms with a damp cloth, paper towel, or soft brush.

Some mushrooms can be eaten raw, like the white and crimini. Others need to be cooked.

If you're using dried mushrooms you'll need to soak the dried mushrooms in hot water for 20-30 minutes, rinse, then chop, and use. Saving the soaking water and adding it to your sauces or soups will intensify the mushroom flavor.

Check out this recipe of Polenta with mushrooms


And this book of Chef Paulo Siqueira a friend of mine who is a mushroom expert!

Poesia Gastronômica


Uma amiga me enviou esse vídeo de dar água na boca e, pra mim, também nos olhos. Vale a pena assistir! Eu senti que ele expressa em imagens o amor que eu sinto pela gastronomia e achei emocionante. Todos os motivos da minha escolha estão sintetizados nesses poucos minutos de poesia gastronômica.
Primeiro vemos a beleza dos ingredientes da melhor qualidade chegando ao restaurante junto com os primeiros raios de sol da manhã. E eu me lembro das histórias que ouvi de como já de pequena eu tinha fascinação pela natureza, pela terra e por todos os produtos que ela nos dá.
Depois começa a mágica da transformação dos ingredientes em incríveis receitas pelas mãos habilidosas dos chefs. Me recordo das primeiras descobertas e experiências gastronômicas, como quando por acaso bati o creme chantilly que havia sido servido com o cafezinho num restaurante até que virasse manteiga.
O ápice do balé culinário acontece quando a casa abre, os clientes chegam e começa o serviço. No salão o público está bem vestido e alegre para vivenciar um espetáculo. Por algumas horas nada mais importa e é como se nada mais acontecesse no mundo. O contraste é nítido: do outro lado da porta o pessoal da cozinha tem pressa e preocupação, há barulho, calor e trabalho arduo. Mas tudo é feito com controle e exatidão, afinal se trata de um dos melhores restaurantes do mundo! Os resultados são fantásticos, um prato mais bonito que o outro é levado graciosamente pelos garçons até aqueles felizardos clientes. Ai que inveja! Sempre adorei comer em restaurantes e meu interesse na área começou pelo salão. Aos sete anos eu já convidava amigos para almoçar no Gambino, que ficava perto de casa, porque queria compartilhar com eles um dos meus maiores prazeres. Quando me enveredei pela gastronomia não sabia onde iria chegar. Ao perceber que eu era capaz de fazer parte desse espetáculo e que as pessoas apreciavam minha atuação tudo se encaixou e me senti realizada.
O filme acaba mostrando toda a equipe do restaurante. Em quase todas as áreas é importante que haja um bom trabalho em equipe mas num restaurante é fundamental. Essa é uma das coisas que aprendi a apreciar e hoje dou o maior valor para as pessoas que trabalham comigo.

Sweet Dreams

When I came back from Paris I had decided not to write about La Patisserie des Rêves because I though it was too good therefore too obvious. I just googled it to confirm my opinion but was surprised to find a number of people saying bad things about the place. I read, among other things, that it was presumptuous and expensive. Because I strongly disagree I decided to express my opinion.
I know we live in strange times where some people spend so much money buying things trying to feel better but instead are just getting emptier and happiness to them always seems to be one step ahead. And at the same time others are, specially after the economical crises, simplifying the way they live, making less money but spending even less. Those are saying they are happier but I think both ways can make you not experience and enjoy the moment you’re living in. It’s hard to find balance. I know that to consume is not a way to find true joy, but to aloud yourself to appreciate good stuff feels really good. Going into a beautiful place in a nice neighborhood, getting a good service and eating delicious food made by people that care with quality ingredients is a experience that has its value and should be appreciated.
Going to Patisserie des Rêves made me happy not only because it’s that kind of experience but also because by eating them I let myself to be taken to another place. I remember when I had the Fruits Noirs tart in my mouth it was like kissing someone I was in love with. My mind was focused on the sensations and everything around seemed to disappear. The city noises were far away and the hot weather didn’t bother me anymore. I came back to reality when my tart was finished, but I came back feeling better. I was hopeful about how people can do great things. I was inspired to cook more and dreamful about my profession. That’s why I think this dreamy pastry shop deserves its name.

Nacionalismo Gastronômico

Acho ótimo valorizarmos nosso país, nossa cultura e gastronomia, mas às vezes esse nacionalismo gastronômico, tão em voga hoje em dia, acaba me irritando! Quando qualquer coisa está tão na moda que vira um "must" (quer expressão mais irritante que essa?) se torna uma chatice! Acho uma bobagem a importância que se tem dado para pessoas que colocam qualquer ingrediente brasileiro em qualquer receita e de qualquer jeito.
A última que li foi de um fulano que resolveu fazer gazpacho brasileiro trocando o tomate pela goiaba, o pepino pelo maxixe e o pimentão pela pimenta-cambuci. Não entendo, o gazpacho é uma delícia do jeito que é. Quer fazer sopa de goiaba, tudo bem, inventa a sua sopa! Se ela for boa entrará para a história e será reproduzida no mundo todo por muito tempo, como o gazpacho.
Gosto de muitas receitas brasileiras autênticas e não tenho nada contra invencionices também, desde que funcionem. Aprecio diversos ingredientes brasileiros e até acho interessante as pesquisas e experiências que tem sido feitas. O que não dá pra aguentar é a falta de conteúdo, o excesso de marketing e o fato do politicamente correto aliado ao ufanismo ter invadido a gastronomia. Comida tem que ser gostosa em primeiro lugar. Tanto faz se o ingrediente é originário do Brasil ou de outro lugar, se a receita é brasileira ou francesa, o importante é se você gosta ou não. O gosto é pessoal e depende da história de vida de cada um. Por isso me pergunto o que é gastronomia brasileira se nosso país é formado por imigrantes de diversas partes do mundo? E se não é forçar a barra querer que eu coma maxixe agora, se o que sempre comi foi pepino? E ainda, porque o maxixe é considerado mais brasileiro do que o pepino, se nenhum dos dois é originário do Brasil?
Para dissipar todas essas dúvidas só devorando essa sobremesa da foto! A receita mistura nossas deliciosas frutas tropicais (manga em geléia de maracujá) com o refinamento da estrangeira framboesa na forma de coulis e a maravilhosa invenção francesa: o creme chantilly! Viva a globalização!

Food Critics

I feel it’s harder than ever to find a trustful information about food today. I arrived in Paris with a list of must-go bistros from the NY Times, another list from Brazilian critics and one more from friends and family. Of course I didn´t have enough time and money to go to them all, so I had to choose. Besides my lists I check the places out on the internet before I went, where I read critics made from professional and ordinary people. As I was choosing and comparing my opinion to the critics I was getting more skeptical, then confused and finally stressed. For me it was frustrating to spend time and money on something I felt it was not worth it. My conclusion is that there are 3 problems: the lack of constancy in the kitchens, the lack of serious food critics and the abundance of unhelpful information.
Among my restaurants experiences I found inconstancy, often one of the dinners had an excellent dish and the other not, other times the appetizers were great, the main courses were just ok and the desserts didn´t work or vice-versa. Sometimes I’ve been twice to the same restaurant because I liked the first time but then found out the food was disappointing at the second visit. Because restaurants are not delivering the same quality every time the food critics should be even more meticulous. But what we see is people who don’t know what they are talking about, don’t go to the same restaurant at least 3 times, who care more about their egos and want to be famous. In Brazil a famous critic wrote a very positive review about a restaurant he went once (only once) where he ate a special meal the chef prepared just for him that didn’t exist in the menu, come on! What´s the point? That’s why food critics are losing their credibility (with some exceptions) and ordinary people who love food are trying to fill the void. It’s amazing the quantity of “reviews” you find on the internet when you google a restaurant´s name. I like the way we get our information today, I love to surf on the internet and to google things. I truly believe that everybody have the right to express their opinions and to be heard. But all that information that is being made from people that don’t know so much about food and just go to each restaurant once is not food criticism and can be very confusing for people searching for information and sometimes unfair for professionals that are being judged. It’s even worst when sometimes people that are unsure of their own opinion just take someone else’s and that little one person’s opinion gets bigger and looks like it means something. All that restaurant talk gets so annoying and tiring sometimes... But truth is: In the end no matter the information source I’ll keep searching and trying new places because I know sometimes I’ll find terrific food that will make me happy and inspired.

Dordonha

A França é um país realmente lindo, interessante e literalmente, delicioso! Na minha viagem achei fundamental conhecer uma nova região do país e optei pela Dordonha. Das pessoas com quem conversei sobre meus planos ninguém conhecia e nem pensava em conhecer essa região. Agora que fui posso recomendar e dizer que é imperdível! O visual é maravilhoso, as pessoas são simpáticas, as cidades charmosas e a comida é muito boa. Além disso, tem muita coisa pra ver e fazer, como conhecer jardins, castelos, grutas, passeios a pé, a cavalo ou de caiaque.
A Dordonha fica no sudoeste da França, entre o Vale do Loire e Altos Pirineus. Seu nome vem do rio Dordonha que corre por toda a região e seu território corresponde a uma parte da antiga província de Perigord que foi habitada pelos Gauleses. Existem 4 tipos de Perigord: o Verde por seus vales verdejantes cortados por diversos rios; o Branco, que tem esse nome por ser uma região de pedra calcária situado em volta da capital Perigueux; o Roxo que é uma região produtora de vinhos, cuja capital é Bergerac; e o Preto que tem como vista os vales do rio Vezere e Dordonha, onde as florestas de carvalho e pinho ispiraram seu nome.
Quanto a gastronomia, a região também está muito bem servida. Bebe-se bons vinhos tintos da região de Cahors e brancos e tintos da região de Bergerac, incluindo o licoroso Mombazillac, que combina perfeitamente com foie gras, uma das especialidades da região.  Também come-se muito pato, queijo de cabra, nozes e trufas, tudo da melhor qualidade! Claro que só comer lá não é suficiente, mas isso não é problema, existem lojinhas em diversas cidades da região que vendem tais produtos para levar pra casa, por preços bem mais razoáveis do que os praticados no Brasil. É viagem pra voltar com 2 quilos a mais, no corpo e na bagagem!!!

A Guerra dos Macarons

Ouvi sobre a polêmica parisiense dos macarons: quem tem o melhor docinho, Ladurée ou Pierre Hermé??? Pra quem não sabe macarons são uma especialidade francesa feitos com uma espécie de biscoito de suspiros que leva também farinha de amêndoas, recheados com uma pasta cremosa de diversos sabores. Quanto à origem ninguém tem muita certeza, pode ser que foi criado num convento em 791 perto de Cormery ou foi trazido com os chefs de confeitaria italianos com a chegada de Catherine de Medicis em 1533. Como esse dilema não tem solução eu precisava resolver o meu dilema de decidir qual macaron é meu preferido. Me armei de gula e fui em busca de evidências. Comprei 7 macarons de cada e água mineral. Em casa coloquei cada macaron de frente para seu oponente e comecei a degustação. As duas marcas são excelentes, os macarons Hermé são um pouco mais doces, mais macios e molhadinhos. Os do Ladureé são mais equilibrados no açúcar e tem a casca mais crocante. Para começar a comparação degustei 2 sabores iguais das duas marcas: caramelo e rosas. Gostei bem mais dos Ladureé. Continuei com os sabores diferentes do Ladurée: pistache, framboesa, café e baunilha, todos divinos! Já o de chocolate achei apenas bom. Passei para os sabores originais do Hermé. Sensacional o de jasmim, o de  morango com balsâmico e o de abricot com pistache. Estava tudo indo muito bem, mas de repente a originalidade do Hermé se mostrou desastrosa, detestei dois sabores: o de morango com wasabi e de pessego com abricot e açafrão. 
Conclusão, gosto mais da finesse dos sabores menos doces do Ladurée e sei que lá qualquer sabor que eu escolha vai ser no mínimo bom. O Hermé tem sabores diferentes deliciosos que podem ser inspiradores, mas outros que nem sempre funcionam. Então de agora em diante sempre que estiver em Paris vou comprar os básicos no Ladurée e de vez em quando um diferente no Hermé. Pronto, dilema resolvido.

Devorando Paris

 
Estou em Paris! A cidade é linda e vivo tirando fotos com meu celular, especialmente do Sena. Mas também vim aqui pra comer, então vamos logo ao que interessa! Tenho comido muito e quase sempre bem!
O restaurante L'Epi Dupin é bonitinho e tem menu que muda todo dia, o que por um lado o torna interessante mas por outro mais arriscado. Comi bem num dia e normal quase decepcionante em outro. Achei as entradas mais interessantes que os pratos principais e as sobremesas o ponto mais fraco do restaurante.
Já tanto o Le Comptoir du Relais quanto o Les Cocottes são totalmente confiáveis, comi muito bem 3 vezes no primeiro (com destaque para o pato e a torta de maçã) e duas no segundo (nesse a entrada de raviole de lagostin é imperdível), mas tudo é muito bom. Além de servir uma comida muito gostosa e sempre bem feita, os dois lugares tem em comum um ambiente simpático e animado, com um staff jovem, porém de estilos diferentes. O Comptoir é um clássico bistro, bem apertado e com aquela decoração típica. O Cocottes é mais moderno com lugares em bancos no seu comprido balcão e algumas mesas. Já o serviço do Cocottes achei bem superior ao do Comptoir.
Também recomendo o Ze Kitchen Galerie, um restaurante um pouco mais caro, bem badalado, com uma cara moderna, um serviço excelente e uma comida muito boa, inventiva na medida certa, com influências asiáticas. Além de sobremesas bem acima da média dos restaurantes.
Experiências contraditórias em dois restaurantes, onde uma pessoa comeu muito bem e a outra nem tanto foi o que aconteceu no La Regalade (ótima entrada de tartelet de atum) e no Itineraires (muito bom o prato de risoto com tinta de lula e frutos do mar). De qualquer forma os dois tem em comum ótimo ambiente, atendimento eficiente e simpático e preço razoável. O Regalade ainda tem porções muito bem servidas.
No Le Timbre comi apenas razoavelmente, mas fiquei impressionada com o chef inglês fazendo tudo sozinho, desde as entradas até as sobremesas para as cerca de 30 pessoas que podem sentar no salão.
Agora vou falar de uma das piores experiências gastronômicas da minha vida: Le Baratin, que eu não voltaria nem se fosse Le Gratuitin! O lugar é horrososo e a comida é detestável. Pra piorar de onde sentei pude espiar a cozinha e vi uma bagunça e um descaso inareditável que resultou em uma gororoba não só feita sem técnica, mas também sem gosto e sem capricho.
Para melhorar meu humor e não acabar com meu dia só dando um pulo compensatório na Patisserie des Rêves. Felicidade é comer a Tarte Tatin, a torta de framboesas frescas ou de frutas vermelhas e o memorável Paris-Brest, isso sim é gastronomia! Os doces são feitos com técnica, capricho e os melhores ingredientes. São lindos, frescos, com texturas maravilhosas e sabores inacreditáveis! Essa vontade de fazer bem feito, essa busca pelo excepcional que sentimos a cada mordida é empolgante e chega a emocionar, resultado de trabalho de pessoas extremamente talentosas, verdadeiros artistas como o chef Philippe Conticini e tantos outros. Agora me diga, onde mais pessoas como ele poderiam trabalhar, senão na cidade luz? Paris tem de tudo, tem restaurantes excelentes e também medíocres, tem que saber onde ir, claro. Mas pra dizer a verdade eu ainda não fui a nenhum outro lugar do mundo que tenha tanta gente com vontade de fazer bem feito e com tanta gente que sabe apreciar o que é bom. Enfim, acho Paris uma cidade inspiradora!


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Tiradito de salmão

Que o salmão faz bem pra saúde todo mundo já sabe, mas você sabia que ele possui substâncias antiinflamatórias, como o ácido graxo ômega 3 e que essas substâcias ajudam a emagrecer?  Pesquisas mostram que a obesidade estaria relacionada à inflamações pois essas impedem o cerebro de disparar o sinal de saciedade. O ômega reduz a inflamação cerebral, a velocidade de engorda, a gordura visceral e ainda aumenta o gasto energético. Agora não adianta comer salmão com um monte de carboidrato ou outras gorduras. Além disso para que haja saúde deve haver prazer, então nada de comer salmão passado do ponto e todo ressecado. E como é difícil encontrar um salmão bem preparado por aí. Tanto que conheço muita gente que só come salmão cru porque todas as experiências com o peixe cozido foram péssimas. Por isso adoro essa minha receita de tiradito, o peixe é servido cru, mas com outros ingredientes e temperos para variar um pouco do sushi/sashimi.
O tiradito é um prato peruano resultado da enorme influência da cultura japonesa no país. A base nada mais é do que peixe cru cortado em fatias finas e ligeiramente amassadas para que fiquem estiraditas, entendeu?! Existem muitas variantes de peixes e molhos. Eu gosto de usar o salmão, que é um peixe acima de tudo gostoso e com boa textura, temperado com molho à base de limão e soja. Para complementar uma saladinha de pepino e brotos torna o prato ainda mais refrescante! É uma receita deliciosa, fácil e rápida, garanto que dá pra fazer em 15 minutos!

Clique no link para ver a receita:


Vindaloo

Quando assisti o musical Rent me apaixonei e decorei todas as letras. Em uma música cantavam "huevos rancherros and curry vindaloo". Huevos eu conhecia mas nunca tinha ouvido falar em vindaloo. Como acho que o importante não é saber tudo, mas saber que não sabe algo e querer aprender, fui alegremente fazer uma pesquisa sobre o assunto. Descobri que curry vindaloo é um prato indiano de Goa, que foi de domínio português por mais de 400 anos. Por isso foi para lá que os portugueses levaram o costume de marinar as carnes no que eles chamam de vinha d'alho (que tem como base vinho ou vinagre de vinho e alho), daí o nome! Soa parecido mesmo, não? Os indianos acrescentaram seus maravilhosos temperos e criaram o curry vindaloo. Além de ser popular em Goa hoje é também muito apreciado na Inglaterra, onde o chamam de “the king of curries”. A única vez que comi o prato foi no curso de comidas asiáticas no CIA e adorei.

English- Vindaloo is a popular Indian food dish. It was first brought to Goa by the Portuguese and soon became a pleasing Goan meal often served during special occasions. Historically this was a pork dish. The meat was marinated and then cooked with plenty of wine or wine vinegar and garlic, known as "Vinha d'Alho". However it soon received the Goanese treatment of adding plentiful amounts of spice and chili. Restaurants often serve this dish with chicken or lamb sometimes mixed with potatoes. Traditional vindaloos do not include potatoes, the discrepancy occured because the word "aloo" (derived from the Portuguese word "alho") means "potato" in Hindi.

Recipe:
◦ 1 tsp. cardamom seeds
◦ 1tbsp. chili powder
◦ 4 cinnamon sticks, 3” (75mm)
◦ 12 cloves, whole
◦ 1 tbsp coriander seeds
◦ 2 tsp. cumin seeds
◦ 2 tsp. fenugreek seeds
◦ 2 tsp. ginger, fresh, minced
◦ 1 tsp. black peppercorns, whole
◦ 2 tsp. salt
◦ 2 tsp. garlic, minced
◦ 2 tsp. mustard powder
◦ 2 tsp. turmeric powder
◦ 1 1/4 cups (285 ml) vinegar, malt or wine
◦ 4 lb (1.8 kg) pork (or beef, chicken, lamb) cubed
◦ 4-6 tbsp mustard oil or ghee
◦ 2 onions, medium, chopped
◦ 4 bay leaves

Gently dry roast the spices from cardamom through to peppercorns for about 5 minutes on top of the stove. Put in blender together with salt, garlic mustard and turmeric and add the vinegar to form a liquid. Add water if necessary. Place the meat in non-metallic bowl and the vinegar mixture. Mix well and leave to marinade for 24 hours, turning occasionally. Heat ghee or mustard oil and fry onion, cumin, garlic and onions until soft. Remove and set aside. Now fry the meat for a few minutes, adding more oil if necessary. Add the vinegar mixture and onions and simmer until the meat is tender. Taste and add salt or more chili if necessary.

New Experiences

To me it seems that some people are born ready to live and others have to learn everything and that's how I feel. It seems nothing comes easy, even the ordinary things. I'm not complaining just sharing, after all at this point I got used to whom I am. The good side is that you find joy in the process of doing new things and learning from new experiences. And as long as I feel I'm not ready for anything I go on trying different activities and having fun along the way. The latest experience was a TV show. I coudn´t believe I was select after my audition. I wasnt´t ready, but I guess I tricked people to think I was. We always want to be approved. I enjoyed the experience but didn't like my performance, of course I was still learning and only at the last day I thought I was getting it! At least now I know how it feels like in a studio (cold and bright), how is your routine (first thing is to get make up and hair done), how to prepare for a recipe (do the mise en place and talk to the productors and assistents about how you need things), how to talk and look to one of the 3 cameras at the right time. All that I learnt. But how about the fact that I wasn't ready to hear my own voice and to see myself on TV? When I was there I asked myself: Why didn't I do that laser treatment, take acting classes and vocal coaching? I thought I wasn't ready to be on TV without being ready but I learned I wasn't ready to accept myself. I could stayed out of this, instead I faced my fears. Yes, people will probably be able to see I'm not so confortable, that I'm not a natural TV chef, but I don't care. Today I watched the first episode and enjoyed it. Like I said, some people are born ready, others have to learn.

Baunilha


O conhecimento traz felicidade. Um dia a Erica, que trabalhava aqui em casa, me chamou entusiasmada e perguntou: “Paula, você sabe de onde vem a baunilha?” Eu não sabia, para sua sorte, pois assim ela pode me ensinar o que tinha acabado de aprender no programa do Silvio Santos. “Eu sei!” Disse ela radiante. “Vem daquela flor, a orquídea. Agora entendi porque é tão cara!” Após um pouco de pesquisa, descobri mais coisas interessantes, pena que a Erica não está aqui para eu contar pra ela…
A baunilha é nativa do México, da Guatemala e de outras regiões da América Central e foi levada para a Europa pelos colonizadores espanhóis. Ela já era conhecida dos astecas, que a usavam para aromatizar o chocolate, sua bebida sagrada. Inteligentes esses astecas, não?
Seu nome vem do espanhol vainilla, diminutivo de vaina, derivado do latim vagina!
Hoje o maior produtor é Madagascar. E o maior consumidor do extrato natural é a Coca-Cola. Quando a Coca lançou a New Coke, usando vanilina, um substituto sintético da baunilha, a economia de Madagascar quebrou… Mas depois se recuperou graças ao fracasso da New Coke!
A baunilha é uma vagem de 10 a 20cm de comprimento que amadurece gradualmente (de 8 a 9 meses depois de dar flor) até se tornar preta, soltando um forte aroma. Mas neste momento ela também se abre, soltando aquelas milhares de sementinhas, tornando-se difícil de ser conservada e fácil de se deteriorar. Para produzir comercialmente a baunilha o processo é longo e manual. As vagens devem ser colhidas ainda verdes e aquecidas a 65°C por 3 minutos, para depois ficarem guardadas por 4 meses. As vagens, então, são secas num forno ou ao sol e devem ser separadas manualmente, as que não secaram são deixadas para secar mais, mas deve-se tomar cuidado, pois quando secas demais não servem para nada. Depois, ainda são separadas por sua qualidade, as menores e quebradas são usada para fazer o extrato. Finalmente são deixadas em caixas de Madeira para maturar por mais 8 meses até estarem prontas.
A baunilha natural é cara, mas vale a pena! Doces, bebidas e até pratos salgados ganham vida com ela. Tente vieras grelhadas com azeite, sal, pimenta, algumas gotas de limão e baunilha, acompanhadas de uma saladinha de baby rucula. Uma bela entrada!
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Alcachofra

Como estou com mais tempo livre e passei uns bons 2 anos sem me cuidar, resolvi tirar o atraso e correr atrás do prejuízo, antes que seja tarde, afinal já passei dos 30! E dá-lhe exercícios, boa alimentação e claro consulta a dermatologista! Quando vi a alcachofra na fórmula da cápsula de vitaminas que deveria tomar fiquei com água na boca. Sabendo que o alto de sua safra é entre agosto e novembro, eu estava disposta a comprá-la mesmo congelada ou conservada no azeite, mas não é que ela já começou a aparecer fresca nos mercados!
A alcachofra é uma flor que pertence à mesma família das margaridas e dos girassóis. Ela saiu do jardim e foi parar nas mesas de nobres e reis na época do Império Romano, justamente quando suas propriedades nutritivas e medicinais foram descobertas. Essa flor, trazida para o Brasil pelos imigrantes europeus, há cerca de 100 anos, possui vitaminas do complexo B, vitamina C, potássio, cálcio, fósforo, iodo, sódio, magnésio e ferro. Seu sabor amargo estimula as secreções digestivas e a ciarina – substância encontrada na planta – pode melhorar as funções do fígado. A água do cozimento da alcachofra é um verdadeiro chá de efeito diurético, estimulante da vesícula biliar e ativador da digestão. Conheço uma pessoa que toma, ela tem uma saúde de ferro e parece ter uns 15 anos a menos! Além disso, várias experiências realizadas com o extrato da alcachofra atestaram sua eficiência na redução do excesso de gordura no sangue. Ah, essa minha amiga também está sempre em forma! E o que mais importa é que ela é saborosa e versátil. Vai bem sozinha, na salada, marinada no azeite, recheada, em tortas, em recheios de massa...

Para preparar:
Corte o talo perto da base e lave a alcachofra em água corrente.
No cozimento, evite o excesso de água: coloque o suficiente para cobrir metade da alcachofra.
O tempo médio de cozimento é de aproximadamente 40 minutos, dependendo do tamanho e idade da alcachofra. Em panela de pressão é de uns 20 minutos.
Para saber se a alcachofra está cozida, é só puxar uma folha: se ela se soltar com facilidade é porque está no ponto.

Eu gosto de comer a alcachofra assim pura, mergulhando as folhas e depois o coração num molho feito com vinagre de vinho tinto, mostarda Dijon, azeite extravirgem, sal e pimenta a gosto.

Um Jantar Esquecível


Salmon canape
Originally uploaded by PaulaVB
Não estou nem aí, comi todo o salmão aperitivo mesmo! Parece até que eu tenho passado fome nos últimos tempos, tamanha a minha voracidade. Mas isso tem explicação. Primeiro me sinto um fantasma que vaga pelos cantos e só existe na forma de usurpação do que é deles. Então que seja, estou aqui apenas para sorrateiramente devorar o salmão aperitivo. Segundo, preciso garantir meu jantar de hoje pois sei que o que vem depois do salmão aperitivo não vai ser bom. Aonde já se viu despejar o funghi seco no creme de leite, esquentar um pouco e chamar isso de molho de macarrão? Tô fora. Não quero nem estar por perto e ser cúmplice de um crime gastronômico de tal magnitude. Vou acabar com esse salmão aperitivo e encher a cara de vinho branco seco, levemente frutado, um tanto floral no nariz, bem gostoso. Pensei que acabaria de fogo na cama bem na hora do jantar, mas ainda estou de pé. Acabaram de me oferecer peixe grelhado como opção, é vou ficar e comer mais um pouco de peixe. Que overdose de peixe vai ser, por essa eu não esperava. Daqui a pouco fico de quatro, saio miando e me esfregando nas paredes como fazia na infância para disputar, com o gato, a atenção da minha mãe. Estou pegando fogo, a cara vermelha, levemente envergonhada, será que estão percebendo? O efeito anestésico está crescendo, a vergonha passando. Mesmo daqui de fora da cozinha consigo ouvir as instruções para o tal "molho". O fone de ouvido do computador não está funcionando. Mas vou ficar, não quero sair de perto da garrafa de vinho e do salmão aperitivo. Agora só da garrafa de vinho. Ainda sobrou torradinha com creamcheese. Agora realmente só a garrafa de vinho. Tá na mesa, vou encher o copo e encarar. Me sinto numa mesa de operação, pode cortar que a anestesia já fez efeito. Ouço: Que delícia esse macarrão! Mas não sinto nada. Pode vir com o serrote. Minha cabeça é um vacuo, as palavras passam e não fazem sentido, nada é registrado na memória, estou trauma free, não há neurônios disponíveis para pensar no passado e nem disposição suficiente para imaginar o futuro. Mal penso, mal existo. Mas consigo perceber que estou com um sorriso na cara, não sei porque, estou feliz? É felicidade a sensação de estar satisfeita por não estar realmente viva naquele momento? Traço a salada e depois o peixe. Alguma fruta de sobremesa. Ainda bem que acabou e que praticamente não lembro de nada além do salmão aperitivo!