Baunilha


O conhecimento traz felicidade. Um dia a Erica, que trabalhava aqui em casa, me chamou entusiasmada e perguntou: “Paula, você sabe de onde vem a baunilha?” Eu não sabia, para sua sorte, pois assim ela pode me ensinar o que tinha acabado de aprender no programa do Silvio Santos. “Eu sei!” Disse ela radiante. “Vem daquela flor, a orquídea. Agora entendi porque é tão cara!” Após um pouco de pesquisa, descobri mais coisas interessantes, pena que a Erica não está aqui para eu contar pra ela…
A baunilha é nativa do México, da Guatemala e de outras regiões da América Central e foi levada para a Europa pelos colonizadores espanhóis. Ela já era conhecida dos astecas, que a usavam para aromatizar o chocolate, sua bebida sagrada. Inteligentes esses astecas, não?
Seu nome vem do espanhol vainilla, diminutivo de vaina, derivado do latim vagina!
Hoje o maior produtor é Madagascar. E o maior consumidor do extrato natural é a Coca-Cola. Quando a Coca lançou a New Coke, usando vanilina, um substituto sintético da baunilha, a economia de Madagascar quebrou… Mas depois se recuperou graças ao fracasso da New Coke!
A baunilha é uma vagem de 10 a 20cm de comprimento que amadurece gradualmente (de 8 a 9 meses depois de dar flor) até se tornar preta, soltando um forte aroma. Mas neste momento ela também se abre, soltando aquelas milhares de sementinhas, tornando-se difícil de ser conservada e fácil de se deteriorar. Para produzir comercialmente a baunilha o processo é longo e manual. As vagens devem ser colhidas ainda verdes e aquecidas a 65°C por 3 minutos, para depois ficarem guardadas por 4 meses. As vagens, então, são secas num forno ou ao sol e devem ser separadas manualmente, as que não secaram são deixadas para secar mais, mas deve-se tomar cuidado, pois quando secas demais não servem para nada. Depois, ainda são separadas por sua qualidade, as menores e quebradas são usada para fazer o extrato. Finalmente são deixadas em caixas de Madeira para maturar por mais 8 meses até estarem prontas.
A baunilha natural é cara, mas vale a pena! Doces, bebidas e até pratos salgados ganham vida com ela. Tente vieras grelhadas com azeite, sal, pimenta, algumas gotas de limão e baunilha, acompanhadas de uma saladinha de baby rucula. Uma bela entrada!
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Alcachofra

Como estou com mais tempo livre e passei uns bons 2 anos sem me cuidar, resolvi tirar o atraso e correr atrás do prejuízo, antes que seja tarde, afinal já passei dos 30! E dá-lhe exercícios, boa alimentação e claro consulta a dermatologista! Quando vi a alcachofra na fórmula da cápsula de vitaminas que deveria tomar fiquei com água na boca. Sabendo que o alto de sua safra é entre agosto e novembro, eu estava disposta a comprá-la mesmo congelada ou conservada no azeite, mas não é que ela já começou a aparecer fresca nos mercados!
A alcachofra é uma flor que pertence à mesma família das margaridas e dos girassóis. Ela saiu do jardim e foi parar nas mesas de nobres e reis na época do Império Romano, justamente quando suas propriedades nutritivas e medicinais foram descobertas. Essa flor, trazida para o Brasil pelos imigrantes europeus, há cerca de 100 anos, possui vitaminas do complexo B, vitamina C, potássio, cálcio, fósforo, iodo, sódio, magnésio e ferro. Seu sabor amargo estimula as secreções digestivas e a ciarina – substância encontrada na planta – pode melhorar as funções do fígado. A água do cozimento da alcachofra é um verdadeiro chá de efeito diurético, estimulante da vesícula biliar e ativador da digestão. Conheço uma pessoa que toma, ela tem uma saúde de ferro e parece ter uns 15 anos a menos! Além disso, várias experiências realizadas com o extrato da alcachofra atestaram sua eficiência na redução do excesso de gordura no sangue. Ah, essa minha amiga também está sempre em forma! E o que mais importa é que ela é saborosa e versátil. Vai bem sozinha, na salada, marinada no azeite, recheada, em tortas, em recheios de massa...

Para preparar:
Corte o talo perto da base e lave a alcachofra em água corrente.
No cozimento, evite o excesso de água: coloque o suficiente para cobrir metade da alcachofra.
O tempo médio de cozimento é de aproximadamente 40 minutos, dependendo do tamanho e idade da alcachofra. Em panela de pressão é de uns 20 minutos.
Para saber se a alcachofra está cozida, é só puxar uma folha: se ela se soltar com facilidade é porque está no ponto.

Eu gosto de comer a alcachofra assim pura, mergulhando as folhas e depois o coração num molho feito com vinagre de vinho tinto, mostarda Dijon, azeite extravirgem, sal e pimenta a gosto.